Em entrevista concedida ao Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, na manhã desta sexta-feira, 16, o vice-governador e secretário estadual de Governo, Zezinho Sobral, comentou a polêmica envolvendo a deputada estadual Linda Brasil (PSol) e o deputado Luizão Donatrump (União). A discussão teve início após um discurso feito por Linda Brasil durante uma palestra em uma escola pública, que gerou críticas por parte do parlamentar.
Ao ser questionado sobre o episódio, Zezinho Sobral afirmou que não apoia nenhum dos dois lados, mas destacou que o ambiente escolar não deve ser palco para discursos de cunho político-partidário.
“Existe uma BNCC [Base Nacional Comum Curricular] que estabelece o grau e o nível de discussão que pode ser abordada nas escolas. Então, veja, não é só uma lei estadual, é uma lei federal que determina a maneira e a forma de abordar o conhecimento político”, explicou o vice-governador.
Zezinho citou ainda que conteúdos históricos, como a história do Brasil e do Império Romano, por exemplo, são fundamentais na formação dos alunos, desde que sigam as diretrizes da BNCC.
“Tudo isso obedece a uma regra. Explicar e falar sobre esses temas, tudo bem. O que não se pode é utilizar o espaço escolar para promover um pensamento político, seja de direita, esquerda, centro, acima ou abaixo, ou adjetivar pessoas. A BNCC proíbe isso nas escolas”, afirmou.
O vice-governador também reforçou a importância do respeito às normas legais por parte de todos os cidadãos, especialmente os que ocupam cargos públicos.
“A fala de qualquer pessoa tem que estar contida na lei. A gente não pode ir a uma escola e, por conta do nosso pensamento, desobedecer a legislação. A lei precisa ser cumprida por todos, principalmente pelas autoridades”, destacou.
Ao finalizar, Zezinho Sobral reafirmou seu posicionamento neutro diante do conflito, mas defendeu o respeito ao conteúdo pedagógico estabelecido.
“Eu tenho que limitar a minha fala ao conteúdo pedagógico, ao conteúdo legal. Eu não vou criticar Linda, eu não vou criticar Donatrump. Que cada um faça como bem entender, mas em ambientes públicos precisamos seguir a lei”, concluiu.