A Polícia Civil de Sergipe participou, nesta terça-feira, 27, da Operação Mão de Ferro 2, que combate crimes cibernéticos de alta gravidade, especialmente contra crianças e adolescentes. A ação nacional foi coordenada pela Polícia Civil de Mato Grosso, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Ciberlab/DIOPI/SENASP.
Em Sergipe, as diligências ocorreram no município de São Domingos, sob comando do delegado Fábio Alan. Mandados judiciais foram cumpridos com foco em coibir crimes como compartilhamento de pornografia infantil, incentivo à automutilação, perseguição virtual, ameaças e apologia ao nazismo.
A operação foi deflagrada simultaneamente em 12 estados brasileiros – Manaus e Urucará (AM); Mairi (BA); Fortaleza e Itaitinga (CE); Serra (ES); Sete Lagoas e Caeté (MG); Sinop e Rondonópolis (MT); Aquidauana (MS); Marabá, Barcarena, Canaã dos Carajás e Ananindeua (PA); Oeiras (PI); Lajeado (RS); São Paulo, Guarulhos, Porto Feliz, Itu, Santa Isabel e Altair (SP) – e envolveu o cumprimento de 22 mandados de prisão, busca e apreensão e internação socioeducativa. Segundo as investigações, os crimes ocorriam principalmente em plataformas digitais como WhatsApp, Telegram e Discord.
As investigações identificaram uma rede de indivíduos que, de forma articulada, praticava crimes como indução, instigação ou auxílio à automutilação e ao suicídio, perseguição (stalking), ameaças, produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, apologia ao nazismo e invasão de sistemas informatizados, incluindo o não autorizado a bancos de dados públicos.
As práticas criminosas ocorriam principalmente em plataformas como WhatsApp, Telegram e Discord, nas quais os investigados disseminavam conteúdos de violência extrema, estimulavam comportamentos autodestrutivos, realizavam coação psicológica, ameaças e exposição pública de vítimas — em sua maioria, adolescentes — causando danos emocionais e psicológicos severos.
O nome “Mão de Ferro” representa a resposta rigorosa do Estado ao uso da internet para práticas criminosas que colocam em risco a integridade de crianças e adolescentes.