Em entrevista exclusiva concedida ao Jornal da Fan, da Rádio Fan FM, na manhã desta quinta-feira, 12, os presidentes do Sindicato dos Servidores do Município de Aracaju (Sepuma), Nivaldo Fernandes, e do Sindicato dos Agentes de Saúde (Sacema), Carlos Augusto Santos Conceição, apresentaram as opiniões das categorias sobre o reajuste linear salarial de 6,26% para os servidores públicos municipais, anunciado pela prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), na quarta-feira, 11.
No anúncio, a gestora explicou que o projeto de lei do reajuste foi enviado à Câmara de Vereadores, com expectativa de votação e aprovação ainda nesta quinta-feira, 12, possibilitando o pagamento já na folha de junho.
Sobre o assunto, Nivaldo Fernandes afirmou que a nova proposta atende apenas em parte às necessidades da classe, já que, segundo ele, o que foi discutido com a prefeita em seu gabinete, em fevereiro, foi o realinhamento da matriz salarial.
Quando questionado se o reajuste foi satisfatório, ele respondeu: “Em termos. A gente não discutiu com a prefeitura reajuste linear, o que nós discutimos com a prefeitura foi realinhamento da matriz salarial. Em nenhum momento o Sepuma sentou com a prefeitura para discutir reajuste linear”, afirmou.
Já o presidente do Sacema, Carlos Augusto, explicou que a situação salarial dos agentes de saúde é crítica. Segundo ele, atualmente, o gasto da Prefeitura Municipal com o pagamento dos salários dos agentes é mínimo, já que o Governo Federal rea o valor correspondente a dois salários mínimos para ser aplicado diretamente aos profissionais.
“Aracaju é o único município de Sergipe que não paga o piso da forma correta, ou não paga o piso […] Esse reajuste de [aproximadamente] 6% não era a pauta do sindicato […] No governo de Edvaldo Nogueira, ele criou um dispositivo chamado gratificação de complementação de piso. Quando ela dá o reajuste linear, vai para o salário base, vai lá pra cima […] E quando se aplica os 6% ou qualquer outro valor no vencimento, obrigatoriamente ele tem que descontar 6% também na gratificação de complemento de piso”, explicou.
Ainda segundo ele, essa situação foi exposta à atual gestão, pois, se o modelo de reajuste continuar sendo o mesmo, os agentes de saúde não terão, na prática, nenhum ganho real , algo que, segundo Carlos Augusto, já não ocorre há oito anos.